No dia 20 de novembro comemora-se o Dia Nacional da
Consciência Negra, em homenagem à morte de Zumbi, líder do Quilombo dos
Palmares. Último líder da revolta
do chamado Quilombo dos Palmares, formado entre 1604 e 1694. Zumbi era sobrinho
de Ganga Zumba ("grande senhor"), o rei do quilombo que chefiava
outros 12 mocambos —acampamentos de escravos, índios e fugitivos brancos que se
refugiavam da perseguição portuguesa—, na serra da Barriga, se estendendo de
Alagoas a Pernambuco. Palmares chegou a reunir 20 mil pessoas em cerca de 6 mil
casas, tendo começado com a fuga de 40 escravos dos engenhos de açúcar de
Pernambuco. Em 1678, Zumba aceita acordo com o governador de Pernambuco, Aires
de Souza e Castro, que prometia a libertação dos negros nascidos em Palmares e
o livre comércio, em troca da rendição dos demais e o fim das fugas. Zumbi,
entretanto, teria renegado o acordo e destituído Zumba do comando. Passa então
a liderar a resistência contra os portugueses. Palmares que ao longo de sua
história suportara cerca de 25 ataques, desde os holandeses, em 1644 e 1645,
finalmente cai após a segunda investida do coronel Domingos Jorge Velho (1614-1703),
bandeirante paulista, em 6 de fevereiro de 1694. Embora Zumbi tenha conseguido
fugir, foi morto por André Furtado Mendonça em 20 de novembro de 1695, no seu
esconderijo, denunciado por Antônio Soares, seu homem de confiança. Zumbi teve
a cabeça decapitada e exposta na praça central de Recife, para inibir novas
tentativas de revolta contra a escravidão. A data de sua morte é lembrada como
dia nacional da Consciência
O quilombo era uma localidade situada na Serra
da Barriga, onde escravos se refugiavam. Com o passar dos anos, chegou a
atingir uma população de vinte mil habitantes, em razão do aumento das fugas
dos escravos.
Os escravos serviam para fazer os trabalhos
pesados que o homem branco não realizava, eles não tinham condições dignas de
vida, eram maltratados, apanhavam, ficavam amarrados dia e noite em troncos,
eram castigados, ficavam sem água e sem comida, suas casas eram as senzalas,
onde dormiam no chão de terra batida.
Muitas pessoas eram contra essa forma de tratar
os negros e várias tentativas aconteceram ao longo da história para defender
seus direitos. Em 1871 a Lei do Ventre Livre libertou os filhos de escravos que
ainda iriam nascer; em 1885 a Lei dos Sexagenários deu direito à liberdade
aos escravos com mais de sessenta anos.
Mas Princesa Isabel foi a responsável pela
libertação dos escravos, quando assinou a Lei Áurea, em 13 de maio de 1888,
dando-os direito de ir embora das fazendas em que trabalhavam ou de continuar
morando com seus patrões, como empregados e não mais como escravos.
O dia da consciência negra é uma forma de
lembrar o sofrimento dos negros ao longo da história, desde a época da
colonização do Brasil, tentando garantir seus direitos sociais.
Hoje temos várias leis que defendem esses
direitos, como a de cotas nas universidades, pois acredita-se que, em razão dos
negros terem sido marginalizados após o período de escravidão, não conseguiram
conquistar os mesmos espaços de trabalho que o homem branco.
Na época da escravidão os negros não tinham
direito ao estudo ou a aprender outros tipos de trabalho que não fossem os
braçais, ficando presos a esse tipo de tarefa.
Muitos deles, estando libertos, continuaram na
mesma vida por não terem condições de se sustentar.
O dia da consciência negra é marcado pela luta
contra o preconceito racial, contra a inferioridade da classe perante a
sociedade. Além desses assuntos, enfatizam sobre o respeito enquanto pessoas
humanas, além de discutir e trabalhar para conscientizar as pessoas da
importância da raça negra e de sua cultura na formação do povo brasileiro e da
cultura do nosso país.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Graduada em Pedagogia
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